O TDAH é um transtorno de neurodesenvolvimento e de alta prevalência no mundo. Um problema crônico, que pode ter um impacto significativo ao longo da vida, atingindo o desempenho acadêmico, as relações familiares e sociais. Estudos mostram que a prevalência de TDAH, no Brasil, tem incidência de (7,6%) na faixa de 6 a 17 anos, no sexo masculino. HORA ET AL. (2015)
A neurobiologia, neuropsicologia, neuroimagem e genética molecular demonstram extensas evidências associando o TDAH à disfunções em estruturas cerebrais, principalmente aquelas relacionadas aos Circuitos da Atenção e da Recompensa, na excitabilidade neuronal, na liberação e na ligação do neurotransmissor com seus receptores, entre outros, contribuindo para um melhor entendimento da fisiopatologia desse transtorno (KAPCZINSKI; QUEVEDO; IZQUIERDO, 2011). Torna-se mais complexo quando acometido de comorbidades.
Estudos e pesquisas apontam a aplicação de Neurofeedback guiado por EEG, como o tratamento avançado para o TDAH. E é indicado pela Associação Pediátrica Americana (APA) como tendo alto nível de eficácia.
A Psicoterapia com abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapias contextuais associadas à Neuromodulação, são técnicas efetivas de melhoras no tratamento do portador de TDAH, sejam crianças, adolescentes ou adultos. A TCC e as Terapias Contextuais, são abordagens da psicologia que possuem características objetivas e foco nas reestruturações de crenças e comportamentos mal adaptativos e envolvem práticas em técnicas cognitivas e comportamentais, que favorecem tratamentos breves e estruturados.
Atualmente, o tratamento padrão do TDAH é a medicação associada à psicoterapia. O medicamento indicado é o metilfenidato, que acarreta riscos e efeitos colaterais, porém necessário, principalmente em casos críticos com comorbidades. Muitos estudos mostram que a terapia psicossocial combinadas com medicamentos psicotrópicos têm melhores resultados do que aplicados sozinhos.