PSICOTERAPIA

PSICOTERAPIA

Constitui-se a forma mais generalizada de neuromodulação não invasiva e com alguma potencialidade autorregulatória.

Trata-se de um conjunto de metodologias, surgidas em finais do séc. XIX, que pretendem utilizar métodos unicamente psicológicos para alterar processos mentais associados a diversas condições clínicas. (Oscar Gonçalves e Paulo Boggio, 2016).

A PT surge em momento histórico em que se desconhecia mecanismos que impactavam processos biológicos, psicológicos e bioquímicos no cérebro.

Somente com avanço da Neurociências, recentemente, foi possível conceituar as intervenções psicoterapêuticas como instrumentos de neuromodulação.

Hoje, se reconhece que os processos psicológicos se encontram intimamente associados aos processos biológicos, assim como indutores de plasticidade neuronal. (Gonçalves e colegas, 2006-Univ. do Minho).

A partir de Eric Kandel (2001) e Amit Erkine e colegas (2005), sugerem que seja realizada na investigação psicológica exames de neuroimagem para avaliação e identificar marcadores neuronais preditores do sucesso terapêutico.

Esses autores sugerem, ainda, a necessidade de identificar os mecanismos desenvolvidos associados à psicopatologia, para aplicação de estratégias terapêuticas eficazes.

Oscar Gonçalves e Kristin Perrone-Mc Govern (2014) apresentaram um modelo de modulação para diferentes processos psicológicos, tais como: controle executivo, flexibilidade comportamental, regulação emocional, cognição social, neuromodulando as respectivas redes neuronais.

Acredita-se que, em breve, a Psicoterapia terá intervenções específicas e guiadas cientificamente e não apenas baseada em evidências empíricas.

Recentemente, o Instituto Americano de Saúde Mental (NIMH) sugeriu a utilização do “Research Domain Criteria (RDoC) – um modelo para intervenções psicoterapêuticas neuromodulatórias, com base em evidências científicas, sobre processos biológicos e psicológicos.

Como exemplo, temos o Programa “Engage”, voltado para estratégias no tratamento da Depressão. (Alexopoulos e Arean, 2014),